instalacao
Dentro do mote do Centro de Estudos de Lagos- Universidade Sénior "Proporcionar um envelhecimento ativo", a instalação feita em parte com materiais reutilizados visou estimular a capacidade cognitiva de resolução de problemas dos que participaram na sua elaboração. Na continuação dos exercícios propostos durante as lições de desenho, este trabalho com os seniores pretende revitalizar, sugerir soluções criativas e criar espaços de confraternização.
A instalação aborda o tema da excessiva exploração dos recursos naturais de um ponto de vista em comum com algumas populações indígenas Sul-Americanas que veem os seres vivos como fruto da natureza e interligados por uma força natural que transcende a compreensão humana. Uma perspetiva que confronta a visão homo centrista do mundo ocidental e que coloca o homem não como centro da natureza com um papel predominante, mas como mais um elemento dentro de uma complexa rede de organismos. Uma ideia que nos estimula a pensar o papel do homem no seu meio ambiente e nos provoca a refletir sobre o caminho que estamos a seguir como civilização no entendimento das matérias-primas, das plantas e dos animais.
Durante as aulas de desenho foram propostas tarefas que tinham como objetivo exercitar o cérebro, aumentar a cultura visual e desenvolver novas competências na área do desenho. Desenhou-se movimento a partir das chapas de Muybridge, padrões florais a partir de iconografia Tibetana, branco sobre preto a partir de imagens de lanternas chinesas, etc.
Na exposição estão patentes desenhos dos alunos mais assíduos: Fernanda Canelas, Fernanda Costa, Armanda Rosário, Gracinda Cabrita e José Rosa.

English version

Within the theme of the Lagos Study Center - Senior University "Providing an active old age", the installation, partly made with reused materials, aimed to stimulate the cognitive problem-solving abilities of those who participated in its construction. Continuing the exercises proposed during the drawing lessons, this work with seniors seeks to revitalize, suggest creative solutions, and create spaces for social interaction.
The installation addresses the theme of excessive exploitation of natural resources from a perspective shared with some South American indigenous populations, who see living beings as products of nature and interconnected by a natural force that transcends human understanding. This perspective challenges the anthropocentric view of the Western world, placing humans not at the center of nature with a predominant role, but as just another element within a complex network of organisms. It is an idea that encourages us to think about the role of humans in their environment and provokes reflection on the path we are following as a civilization in understanding raw materials, plants, and animals.
During the drawing classes, there were proposed tasks which aimed at exercise the brain, increase visual culture, and develop new skills in the field of drawing. Movement was drawn from Muybridge’s plates, floral patterns from
Tibetan iconography, white on black from images of Chinese lanterns, etc.
The exhibition features drawings by the students: Fernanda Canelas, Fernanda Costa, Armanda Rosário, Gracinda Cabrita, and José Rosa.